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quarta-feira, 14 de maio de 2014

GM encontra asilo clandestino e resgata idosos



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Ação da Guarda Municipal desmontou asilo clandestino que funcionava na Vila Maria Otília, em Ponta Grossa. Dona do estabelecimento deve responder por maus tratos.
A Guarda Municipal de Ponta Grossa encontrou um asilo clandestino na vila maria Otília, em Ponta Grossa. A ação aconteceu no final da manhã desta terça-feira (13/05) e começou quando um idoso, que residia no abrigo ilegal, foi até a base da GM no bairro – Neivon Walmir Hilgenberg tentou socorrer uma outra interna que teve um surto psicótico e acabou ferido. A partir desse momento, os Guardas encontraram o asilo – o estabelecimento não tinha nenhum tipo de licença ou autorização e o idoso dividia o mesmo espaço com portadores de necessidades especiais.
A interna identificada apenas como Luci teria problemas psiquiátricos e teria tentado suicídio – ao ser impedida por Neivon e outras pessoas, a mulher passou agredi-los. Luci foi encontrada depois de perder muito sangue e foi encaminhada ao Pronto Socorro Municipal em estado grave.
Proprietária assume ilegalidade
A proprietária do asilo foi encaminhada, junto com os outros envolvidos, para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa. A mulher disse que tentou regularizar o abrigo em 2013, mas o excesso de taxas e requisitos fez com que ela desistisse. “Eles queriam que eu montasse um mini hospital”, contou.
Segundo a dona do asilo, ela tinha ajuda de mais duas pessoas para cuidar dos quatro ‘hóspedes’. “Eles tomavam todos os remédios certinhos e eram visitados pela família. Essa moça [a mulher que tentou suícidio] que fez tudo isso chegou ontem (12/05) e ia ficar só alguns dias”, contou a proprietária.
Autuada por maus tratos
O delegado Maurício Souza da Luz foi o responsável por atender a ocorrência e contou que a dona do estabelecimento será autuada por maus tratos aos idosos. “Com as imagens feitas pela Guarda Municipal e com o depoimento de um dos envolvidos já foi possível entender que houve maus tratos”, explicou o delegado.
A dona do estabelecimento ainda seria ouvida pelo delegado e já estava sendo orientada por um advogado. A mulher deve ser autuada no artigo 99 do Estatuto do Idoso e pode responder de 2 meses a dois anos em regime fechado.
Guarda relata condições
Um dos guardas municipais que atendeu a ocorrência foi Herick de França – ele contou que a casa estava toda ensanguentada no momento da chegada da GM. “Era uma casa com vários quartos e tinha sangue por todo o lado. Também tinham vezes de animais na porta e muita bangunça”, relata Herick.
Idoso foi impedido de dar entrevistas
Neivon Walmir Hilgenberg também foi levado para a Delegacia e prestou depoimento – o senhor estava todo ensanguentado e parecia muito nervoso. Uma filha do aposentado estava no DP e impediu que o pai conversasse com a imprensa e também se recusou a dar qualquer declaração para o fato.
Abrigo será fechado
Assistentes sociais também acompanharam o trabalho da Guarda Municipal no asilo clandestino. Os outros moradores da casa já foram retirados do local e serão encaminhados para outros abrigos. Segundo a proprietária do asilo, cada idoso pagava um salário mínimo mensalmente para morar no local.

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