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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Guardas municipais de Dourados aprendem a linguagem dos sinais


Curso libras guarda municipal  9 Guardas municipais de Dourados aprendem a linguagem dos sinais
Curso de Libras é ministrado a guardas municipais, bombeiros e policiais civis e militares – Foto: A. Frota
Guardas Municipais de Dourados estão passando por um curso de Libras todas as manhãs de terça-feira na sede do órgão. A intenção é promover a inclusão social e aprimorar a comunicação dos agentes de segurança pública com os surdos através da Língua Brasileira de Sinais. 
Esta primeira turma é formada por 30 alunos que recebem um curso básico com total de 80 horas de aula. Além de guardas, também participam como convidados bombeiros, policiais civis e militares.
“Todos os que se propõem a fazer o curso são voluntários. Nós pretendemos continuar com as turmas no ano que vem, para que estes que estão fazendo agora aprimorem ainda mais o conhecimento e outros possam ser inseridos”, afirmou o diretor de Ensino da Guarda Municipal Divaldo Machado.
O curso é ministrado em parceria com a Secretaria de Educação, através do Núcleo de Educação Especial. “Eles aprendem todos os sinais, para poder orientar a auxiliar os surdos numa abordagem. É principalmente uma questão de inclusão social”, afirma o técnico em educação especial do Núcleo e professor do curso, Aurélio da Silva Alencar.
Ele ministra as aulas ao lado do supervisor da Guarda Municipal e intérprete de Libras Weslei Henklain Ferruzzi, que idealizou o projeto.
Além de aulas teóricas, os participantes ainda treinam o uso prático da língua, simulando situações comuns à atividade dos agentes de segurança pública. “Por exemplo, um surdo vítima de um assalto que vai falar que o assaltante está de camisa branca, para que lado foi; também abordamos atendimentos como pontos públicos, sinais e placas de trânsito e outros”, destacou o supervisor.
Os alunos também já tiveram contato com um surdo durante a aula para praticar o uso da língua. “É como se trouxéssemos um americano a um curso de inglês, ou ele entende o que você fala ou não. Foi interessante porque eles praticaram bastante e pudemos acompanhar a orientar quando apareciam as dificuldades”, disse Ferruzzi.
Para ele, é não só uma questão de aprimoramento dos trabalhos dos agentes de segurança pública, mas também de melhoria da acessibilidade. “A guarda tem essa necessidade, o município precisa disso, melhorar a acessibilidade. Então tiramos o trabalho do papel e está sendo muito produtivo. É uma forma de encarar o surdo como cidadão que tem acesso a um atendimento de qualidade, e nada melhor que a prefeitura propor isso”, destacou.

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