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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Capitão que deu ordem para revista prioritária em negros e pardos é afastado

Americana (SP) O capitão da 2ª Companhia da PM (Polícia Militar) de Campinas (93 km de São Paulo), Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, responsável por uma OS (Ordem de Serviço) em que determinava a abordagem prioritária a negros e pardos no bairro Taquaral, área nobre da cidade, foi afastado da companhia e agora ocupa um cargo operacional interinamente no 8º BPM (Batalhão da Polícia Militar). O tenente André Pereira assumiu o lugar do capitão em 26 de março. A PM, por meio de nota, confirmou o afastamento. "O capitão Beneducci está temporariamente desempenhando a função de coordenador operacional, em substituição, devido a afastamento regular. Tão logo retorne o oficial titular, o capitão voltará a desempenhar suas atribuições anteriores." A determinação de revista prioritária em negros e pardos ocorreu em 21 de dezembro. Na época, a PM informou que a determinação do capitão atendeu a uma demanda de populares, que apontaram pessoas negras e pardas como as autoras de uma série de roubos e furtos no local. A PM informou que uma carta foi encaminhada à instituição pedindo as abordagens e o reforço de policiamento e que a determinação do capitão era praxe. A carta e a ordem de serviço expedida pelo capitão Ubiratan possuem a mesma data, mas, de acordo com lideranças do movimento negro, os moradores foram chamados pela PM depois do dia 21 de dezembro e só assinaram a carta quando a determinação já era de conhecimento público. Desde então, representantes do movimento negro pedem o afastamento do capitão. Movimento negro A troca de comando foi comemorada pelo vereador Carlão do PT, que encabeça a campanha "É Racismo. Não é Um Mal Entendido!". O parlamentar utilizou a tribuna na quarta-feira (3), durante a sessão, para comemorar a transferência do capitão Ubiratan. "Houve mobilização dos campanheiros e, com muita luta, mostramos que é possível mudar o cenário do preconceito em Campinas", disse. Já o presidente do Movimento Negro de Campinas, que reúne 25 entidades, Reginaldo Bispo, a troca do comando ainda não pode ser considerada uma vitória completa. "A sua remoção da companhia pode ter sido em função das manifestações e pedido da troca de comando, mas não significa que foi punido por cometer racismo", afirmou. Apuração Além do movimento negro, a Defensoria Pública de São Paulo protocolou, na segunda semana de fevereiro, denúncia administrativa à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania contra a ordem expedida pelo comando da PM campineira. Em outra ação, na mesma semana, o defensor público Bruno Shimizu fez uma representação à Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público do Estado. A peça argumenta que a ordem "identifica a imagem do cidadão negro com a de criminosos, o que é inadmissível". Ambos os casos seguem em apuração nas duas instituições. Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/04/04/capitao-que-deu-ordem-para-revista-prioritaria-em-negros-e-pardos-e-afastado.htm

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