A partir deste sábado, dia 3 de janeiro, guardas municipais intensificarão a ronda na Praça dos Ex-Combatentes, no bairro Patronato, em São Gonçalo, e permanecerão baseados no local em horários intercalados. Alvo constante da ação de vândalos, ela foi destaque na imprensa nos últimos dias, depois que um gerente comercial de 38 anos acabou preso ao ser flagrado por policiais do 7º BPM (São Gonçalo) no momento em que pintava o tanque de guerra de rosa.
O coordenador do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), Helder Garcia Lima Silva, esteve no endereço durante a manhã. Responsável pelo Centro Integrado de Operações em Segurança (Ciosp), ele analisou os melhores pontos para a instalação de uma câmera que passará a monitorar a movimentação na praça.
"O objetivo é inibir a ação de vândalos. Sabendo que vão estar sendo monitorados, eles vão pensar duas vezes antes de agir. Além disso, ao notar qualquer atitude suspeita, poderemos acionar a Polícia Militar ou até mesmo a Guarda Municipal", ressaltou Helder, que vai agendar uma reunião com o reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que fica em frente à Praça dos Ex-Combatentes, para a próxima semana. A intenção é saber se há interesse por parte da instituição em uma parceria.
"O monitoramento das imagens geradas por essa câmera poderão beneficiar também a faculdade, que constantemente sofre com ações criminosas", destacou, revelando que também vai procurar o Juizado Especial Criminal (Jecrim) de São Gonçalo.
"Vou sugerir uma parceria para que as pessoas detidas cometendo pequenas infrações na praça sejam condenadas ao cumprimento de serviço comunitário aqui mesmo. Elas poderão ajudar na limpeza dos monumentos depredados, por exemplo, representando economia para a Prefeitura", explicou Helder.
Em todo o município existem 106 praças, sendo que não somente a dos Ex-Combatentes é alvo constante de ações de vandalismo e depredação. O mesmo problema ocorre nas praças da Trindade, Ipuca, Chico Mendes, Venda da Cruz, Mutuá e Jóquei.
"O gasto com pintura, conserto de mesas, reparo em brinquedos, sem falar na mão-de-obra, deslocamento de caminhões e combustível, chega a R$ 8 mil. Além disso, deixamos de atuar em outros serviços para fazer esses reparos, o que acaba atrasando nossa agenda, pois temos uma programação normal que acaba sendo prejudicada por conta desses atos de vandalismo", revelou Luciana Abreu, presidente da Fundação de Parques e Jardins de São Gonçalo.
Na próxima reunião do GGIM, prevista para o dia 27 de janeiro, será discutida a criação de uma campanha de conscientização relativa a ações de vândalos no município.
"A Praça dos Ex-Combatentes há muitos anos é alvo de pichadores e é preciso haver colaboração da população para que isso não se repita. Fazem com este ponto de São Gonçalo o mesmo que fazem com a estátua de Carlos Drummond de Andrade, na Praia de Copacabana, por exemplo. Vamos repintar os monumentos mil vezes e eles vão pichar de novo. É preciso uma campanha de conscientização porque a praça vem sofrendo ataques de vândalos há anos", destacou o comandante da Guarda Municipal, Alberto Mello, explicando que não há condições atualmente de colocar guardas fixos no local.
"Se outras secretarias quiserem nos apoiar, podemos estudar colocar homens na praça, mas hoje não há como abrigá-los de maneira adequada. Teríamos que ter uma construção que permitisse abrigo do sol e da chuva e que oferecesse ao menos banheiro para eles poderem trabalhar de forma digna", disse.
O comandante do 7º BPM, coronel Fernando Salema, destacou que a Praça dos Ex-Combatentes faz parte do roteiro de policiamento e viaturas da unidade passam frequentemente no endereço. Inclusive o flagrante e a prisão do gerente comercial que pintava o tanque de rosa, na última quinta-feira, dia 1º de janeiro, foi efetuada por policiais do batalhão gonçalense. Além disso, ele afirmou que não há necessidade de colocar PMs de plantão no local pois o crime é de menor potencial ofensivo.
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