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Atualmente, Santos conta com 350 agentes da GM
Na última segunda-feira, foi publicada no Diário Oficial da União a lei que permite porte de arma de fogo por guardas municipais, sancionada no último dia 8 pela presidente Dilma Rousseff (PT). As cidades têm dois anos para se adaptar a nova legislação. Na Baixada Santista, Praia Grande é a única que permite aos agentes utilizarem este tipo de armamento. Bertioga deve ser a próxima.
Em novembro de 2006, a Prefeitura praiagrandense oficializou convênio com a Polícia Federal autorizando o porte de arma. Atualmente, o município conta com 315 agentes efetivos. Desse total, cerca de 90% estão aptos para uso e porte de arma de fogo.
Os guardas municipais da cidade passam obrigatoriamente por 80 horas de capacitação por ano, que inclui diversos temas, incluindo porte de arma. Justamente por estar enquadrada e preparada nas diretrizes da nova lei, Praia Grande não precisará realizar grandes mudanças.
Bertioga

A Guarda Municipal de Bertioga está sendo reestruturada e se preparando para ser armada. A corporação já passou por cursos de qualificação em 2013, com o objetivo de promover uma reciclagem e iniciar o treinamento que possibilitará o armamento da corporação.

Na qualificação, eles tiveram aulas sobre noções de Direito Penal, lei de entorpecente, uso de cassetete e algema, defesa pessoal, funções e atribuições da Guarda Civil Municipal e das polícias Civil e Militar, ética, postura, condicionamento físico, entre outros.
Os próximos passos serão o curso de treinamento de tiro, que deverá começar em 15 dias e a compra de armas. O efetivo é de 65 homens. Eles passarão por uma avaliação psicológica para saber que está habilitado a usar arma.
Santos

Santos conta com 350 agentes em sua corporação. Mais 150 (aprovados em concurso público) serão chamados em duas etapas, aumentando o efetivo para 500 pessoas. Na Cidade (assim como em Praia Grande, Guarujá e a partir de segunda-feira em São Vicente), eles podem usar armas de eletrochoque.
Sergio Del Bel, secretário de Segurança de Santos, afirma que o efetivo municipal terá armas de fogo. “Vamos usar, mas ainda não estamos dando prazo. Depende de uma série de condições e de submetê-los a testes psicológicos, treinamento técnico, de legislação”.
Ele entende que a sanção federal que possibilita o armamento aos agentes municipais segue um caminho natural. “Mesmo assim, creio que o perfil não irá mudar muito, pois continuarão atuando na postura dentro das cidades, evitando pequenos comportamentos errados que são o estopim para crimes maiores”.
São Vicente
Em nota, São Vicente explica que os guardas passarão por treinamento de capacitação de tiro e exame psicológico, mas será necessário elaborar um convênio com a Polícia Federal para que a corporação possa utilizar arma de fogo. Atualmente são 203 guardas, mas 43 estão afastados por licença médica. Há um concurso público em vigência, mas sem previsão de chamada.
Dos 160 guardas disponíveis no momento, 40 receberam treinamento específico e passaram por exame psicológico para trabalhar a partir desta segunda-feira com 50 armas de choque enviados pelo Governo Federal.
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Guarda Municipal de São Vicente, que começará a usar arma de choque, também poderá usar arma de fogo
Guarujá

Guarujá diz que a Secretaria de Defesa e Convivência Social pretende estudar como irá proceder para a utilização de arma de fogo pela guarda municipal e  Secretaria solicitará uma conversa com o Governo Federal buscando recursos para equipar a guarda da cidade.
O efetivo guarujaense possui cerca de 300 funcionários no seu batalhão, que realizam rondas ostensivas pela Cidade, flagrantes de delitos, além do monitoramento e segurança dos próprios públicos municipais. Desde outubro do ano passado, os guardas municipais de Guarujá estão equipados com armas de eletrochoque.

Cubatão

Cubatão não possui Guarda Municipal. A implantação de uma corporação deste tipo não está descartada por parte do governo, mas no atual momento o limite dos gastos com folha de pagamento não permite sua implantação. A Prefeitura tem 170 vigilantes, que prestam serviços em próprios municipais. A equipe é complementada com o apoio de agentes de empresa terceirizada de segurança patrimonial, vencedora de licitação pública. Os vigilantes não trabalham armados, pois atuam na segurança patrimonial. Em caso de ocorrência, são orientados a acionarem a Polícia Militar.
Itanhaém

Itanhaém tem 70 guardas, sendo 60 homens e 10 mulheres. Ciente da lei federal, a Prefeitura se antecipou e elaborou uma minuta de lei municipal se adequando a essa nova realidade. Foi encaminhada ainda a assessoria técnica legislativa do Executivo uma minuta de reestruturação da Guarda Municipal com as diretrizes da nova lei, que está em análise e deverá ser apresentada ao prefeito para manifestação.
Além disso, foi enviado um pedido de abertura de licitação para aquisição de cursos de treinamento, com conteúdo da matriz curricular da Secretaria Nacional de Segurança Publica, cuja grade será de 284 horas, incluindo o curso referente às diretrizes da nova legislação.
Mongaguá

Em Mongaguá, o efetivo fixado, segundo o estatuto municipal, é de 79 guardas. Porém, atualmente a cidade conta com 41. Nenhum usa arma de fogo. A Prefeitura reconhece que há necessidade de reformular e especializar todo o efetivo, através de cursos, para se adequar à lei. Para isso, crê que os municípios do litoral Sul tenham interesse de compartilhar através de consórcio público até para que haja uma padronização das guardas municipais nos municípios limítrofes.
Peruíbe

Por meio de nota, Peruíbe ressaltou  que o uso de armas de fogo é opcional e tal material bélico não faz parte dos planos da guarda da cidade. Atualmente, segundo informou a Prefeitura, seu efetivo está de acordo com a legislação federal, inclusive com o chamamento dos candidatos que foram aprovados no último concurso público.

O Executivo informou ainda que, neste ano, houve um acréscimo de quase 80% da corporação e, para os novos integrantes, foi oferecido um curso de capacitação como um preparativo para o exercício da função de proteção às pessoas e aos próprios municipais.