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sábado, 21 de dezembro de 2013

Guardas são penalizados por adesão à greve



Mototáxi nas horas vagas, ajudante de pedreiro e atié segurança particular em porta de festa. E assim que estão se virando os Guardas Municipais de Caxias para conseguir dinheiro suficiente para passar Natal e o Réveillon.
A decisão de fazer bico, virou uma obrigação para muitos guardas municipais. Isso porque o Prefeito de Caxias, Leonardo Coutinho (PSB), autorizou o desconto na folha de pagamento mediante a greve da categoria iniciada em 7 de novembro, durando 27 dias e que só foi interrompida dia 4 de dezembro porque o município conseguiu uma antecipação de tutela onde a justiça decretou a ilegalidade do movimento.
Nesta sexta-feira (20), quando os guardas se dirigiram atié as agencias do Banco do Brasil para sacar o pagamento mensal, se depararam com uma triste surpresa, onde a prefeitura mandou descontar 24 dias dos grevistas e também daqueles que não aderiram ao movimento.
Com um rendimento mensal que não chega a R$ 900 e com 24 dias de descontos na folha, muitos guardas municipais voltaram para casa com os bolsos vazios e apenas com o contra-cheque na mão.
O Sigmac - Sindicato dos Guardas Municipais de Caxias, divulgou nota oficial na noite desta sexta-feira, 20, onde protestou contra os abusos cometidos pelo comando da GDM e fez um desabafo
"O ilustríssimo prefeito mandou descer neste mês de dezembro 24 dias de faltas, deixando uma centena de famílias a mercê de suas próprias sorte, fazendo pais buscarem em seus leitos meios de manterem o mínimo de dignidade perante seus filhos e de assegurarem suas próprias sobrevivência. Este é o futuro que você quer para Caxias e para o Maranhão? Homens que se escondem atrás de slogan de campanha, onde dizem que é homem de palavra e de compromisso também, no qual afagam seus correligionários e massacram seus desafetos? Não tem problema não, só queremos que Deus te dê em dobro tudo o que você nos deu...".
Entenda o caso
A categoria reivindica reposição de perdas salariais, aprovação do PCCS - Plano de Cargos Carreira e Salários e melhoria nas condições de trabalho, direito à armamento e fornecimento regular de uniformes.
Durante 27 dias de greve, os Guardas Municipais tentaram chamar a atenção da sociedade para o descaso com a categoria. Passeatas foram realizadas, reuniões com parlamentares que tentaram intermediar o assunto, no entanto a prefeitura fugiu do diálogo e não houve acordo.
Durante o movimento, o município conseguiu a reintegração de posse do prédio da Guarda Municipal, onde os oficiais estavam aquartelados e no dia 4 de dezembro, conseguiu dispersar o movimento com uma liminar judicial que decidiu pela ilegalidade da greve.
Entre varias reclamações feitas pela categoria, estão o direito de porte de arma de fogo, novos fardamentos, uma vez que muitos guardas estão tirando do próprio bolso para comprar o uniforme e novas viaturas. As atuais, já tem mais de 5 anos de uso e dificilmente passam por revisão.
A classe ainda reclama o tratamento diferenciado para os que fazem a aguarda pessoal do prefeito, que segundo a denuncia, recebem proventos maiores do que os colegas. A categoria quer ainda a saída capitão Silvino, que acumula os cargos de Comandante da Guarda e Secretario Municipal de Segurança.
Fonte: Mano Santos

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